terça-feira, 28 de agosto de 2012

DO QUE SE TRATA?

Definição
A surdocegueira é a incapacidade total ou parcial de audição e visão, simultaneamente. Para ser considerado surdocego é preciso que esse indivíduo não tenha suficiente visão para compensar a perda auditiva, ou vice-versa (McInnes). Vários autores defendem a surdocegueira como única, não como a soma de dois comprometimentos sensoriais.

Tipos de Surdocegueira
  • Cegueira congênita e surdez adquirida;
  • Surdez congênita e cegueira adquirida;
  • Cegueira e surdez congênita;
  • Cegueira e surdez adquirida;
  • Baixa visão com surdez congênita;
  • Baixa visão com surdez adquirida.
Os surdocegos podem ser
  • Indivíduos surdos profundos e cegos;
  • Indivíduos surdos e têm pouca visão;
  • Indivíduos com baixa audição e que são cegos;
  • Indivíduos com alguma visão e audição. 
PRÉ-LINGUÍSTICOS e PÓS-LINGUÍSTICOS

O que causa a surdocegueira? 
Síndrome de Usher;
Rubéola;
Citalomegalovírus;
Herpes;
Toxoplasmose;
Sífilis congênita;
Prematuridade;
Falta de oxigênio;
Medicação ototóxica;
Meningite;
Hidrocefalia;
Sarampo;
AVC;
Caxumba;
Encefalite;
Diabetes;
Asfixia;
Microcefalia...

Aspectos Legais (Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica)

·         Artigo 8º: “Temporalidade flexível do ano letivo para atender as necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência mental ou com graves deficiências múltiplas, de forma que possam concluir em tempo maior o currículo previsto para a série/etapa escolar, principalmente nos anos finais do ensino fundamental, conforme estabelecido por normas dos sistemas de ensino, procurando-se evitar grandes defasagens idade/série”.

·         Artigo 10º: “Os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais e requeiram atenção individualizada nas atividades da vida autônoma e social, ajudas e apoios intensos e contínuos, bem como adaptações curriculares tão significativas que a escola comum não consiga promover, podem ser atendidos, em caráter extraordinário, em escolas especiais, públicas ou privadas, atendimento esse complementado, sempre que necessário e de maneira articulada por serviços de saúde, trabalho e assistência social”.

·         Artigo 12º, inciso 2:  “Deve ser assegurada, no processo educativo de alunos que apresentam dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais educandos, a acessibilidade aos conteúdos curriculares, mediante a utilização de linguagens e códigos aplicáveis, como o sistema Braille e a língua de sinais, sem prejuízo do aprendizado da língua portuguesa, facultando-lhes e as suas famílias a opção pela abordagem pedagógica que julgarem adequada, ouvidos os profissionais especializados em cada caso”.

Formas de Comunicação
·         Libras;
·         Libras tátil;
·         Braile;
·         Tadoma;
·         Escrita na palma da mão;
·         Alfabeto moon;
·         Desenhos;
·         Escrita com tinta;
·         Combinação de códigos;
·         Objetos de referência.

O desenvolvimento sensorial e perceptivo na criança surdocega
·         Os canais sensoriais de distância - visão e audição - têm um papel determinante para o processo do desenvolvimento da comunicação.
·         A visão proporciona a apreensão do concreto, o que permite ter acesso ao mundo e despertar progressivamente a curiosidade. É o que faz movimentar-se e começar a explorar o ambiente.
·         A audição permite a manutenção do contato visual.Permite também, o desenvolvimento do pensamento simbólico, da sequencialização e da noção do tempo.
·         A associação dessas duas capacidades perceptivas proporciona à criança, além do desenvolvimento da antecipação de acontecimentos, a previsão de perigos potenciais.
·         Para os surdocegos o mundo inicialmente, apresenta-se caótico, desorganizado e potencialmente perigoso, pois o uso dos canais de distância (visão e audição) é muito limitado ou até mesmo inexistente.
·         Não proporcionar estímulo ou aventura para descobrir esse mundo que o cerca, leva-o, em alguns casos, ao isolamento.

Recursos Pedagógicos e Metodológicos
·         Deve-se trabalhar o menos possível com situações artificiais e materiais abstratos.
·         O intérprete deve dar liberdade aos surdocegos, utilizando todos os meios de comunicação, dando assim uma vasta oportunidade para provarem por si mesmos.
·         A professora deve ter uma abordagem positiva quando o aluno der uma resposta incorreta.
·         O aluno para aprender necessita fazer repetidamente uma situação de aprendizagem.
·         Para construir um ambiente seguro, a professora deve ter coerência nas suas atitudes, na imposição de limites e nas suas expectativas.
·         Para obter segurança e ajudar o aluno a organizar o seu tempo, o seu dia e a sua mente, deve-se seguir uma rotina com padrões de atividades bem definidas.
·         Pela dificuldade que o aluno surdocego apresenta nos sentidos sensoriais, a professora deve planejar cuidadosamente situações estruturadas de aprendizagem com objetivos de êxito para o aluno.
·         Dar tempo suficiente e uma boa oportunidade para que o aluno lhe responda o que é pedido.

A comunicação e o desenvolvimento
Contexto (local, pessoas envolvidas, tópico do que se vai falar);
Conteúdo (o que se vai dizer, o que se vai selecionar como é importante para referir            num determinado contexto);
Forma (de que modo se vai transmitir essa informação, objetos, gestos, imagens, língua de sinais - Libras etc.);
Parceiros: quem são os interlocutores? (aprender a interrogar com a criança, como aumentar o número de seus interlocutores).

Relação Escola x Família
     A presença da família no processo de desenvolvimento da pessoa surdocega é de extrema importância, pois ela trás informações básicas sobre a personalidade, e a partir dessas informações é montado um programa específico para cada pessoa, pois esta é uma deficiência muito específica. Outro ponto importante é dar assistência a família para dar continuidade ao trabalho da escola, para melhor desenvolve-lo, ensinar várias maneira de se comunicar.









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